segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Como você pode contribuir em casa para o desempenho escolar de seu filho

1. Converse com o seu filho



  • Pergunte o que ele aprendeu no colégio e mostre-se bastante interessado. A participação da família contribui bastante para o aprendizado da criança. Quando os pais participam da vida escolar dos filhos, as notas aumentam em torno de 20%;

  • Proponha que ele lhe ensine algo que aprendeu na escola. Esta é uma boa maneira para ele fixar o conteúdo;

  • Pergunte se ele tem dificuldades em alguma matéria.


2. Cobre as obrigações dos se filho.


  • Garante que ele vá a escola na hora certa;

  • Faça perguntas para descobrir se ele presta atenção nas aulas;

  • Ensine-o a respeitar os professores, os funcionários e os colegas;

  • Confira se ele faz a lição de casa diariamente;

  • Não deixe seu filho faltar às aulas sem necessidade – Diversos estudos mostram que faltam dificultam muita a aprendizagem de crianças e adolescentes. Quanto mais aulas um aluno perder, maiores serão as chances de ele tirar notas ruins e repetir de ano..


3. Acompanhe a lição de casa.



  • Combine com o seu filho um horário para os estudos;

  • Separe um lugar da casa para a lição – dever ser o mais tranqüilo possível;

  • Ofereça sempre ajuda, mas não faça as lições por seu filho. – Estudos comprovam que filhos estimulados pelos pais a estudar e a fazer as lições de casa têm um desempenho melhor. Mas atenção: estimular não é executar a tarefa pela criança. Também de acordo com pesquisas, pais que fazem isso prejudicam o aprendizado. Em resumo, acompanhe, mas não de a resposta das lições de casa.

  • Estimule-o a pesquisar e descobrir as respostas por conta própria.


4. Fique de olho no aprendizado do seu filho


  • Veja se seu filho está aprendendo o que deveria na idade dele:
ü       aos 8 anos, ele deve saber ler e escrever com facilidade
ü      Aos 10 anos, deve saber somar, subtrair, multiplicar e dividir
ü      Aos 14 anos, deve resolver uma equação de 1º grau com duas variáveis (x e y) e interpretar textos com diferentes opiniões.
Um dossiê do Departamento de Educação dos EUA constatou que o acompanhamento constante dos pais influi mais no rendimento escolar de uma criança do que a renda da família.

  • Confira sempre as notas e o boletim do seu filho
ü      Se forem ruins, pergunte ao professor como você pode ajudar,
ü      Se forem boas, elogie-o para que continue assim.


5. Incentive seu filho a ler



  • Leia sempre. É bom para você e excelente para seu filho, que seguirá o seu exemplo naturalmente;

  • Leia para ele desde bebê, com entonação e emoção, - Várias pesquisas comprovam que filhos cujos pais leram bastante para eles quando pequenos tem um desempenho melhor em sala de aula. A proximidade com o mundo da escrita facilita a alfabetização e ajuda em todas as matérias escolares, pois grande parte do aprendizado em história, geografia, matemática, etc., se dá por meio da leitura de livros;

  • Dê livros e revistas de presente para seu filho;

  • Deixe os livros ao alcance das mãos dele – Um dos fatores que mais influencia positivamente a aprendizagem é a presença de livros em casa. Lares modestos com mais livros produzem melhores alunos do que lares mais ricos mcom menos livros. Ou seja, quanto mais livros em casa, melhor será o desempenho das crianças. Mas não basta ter, é preciso ler;

  • Estimule atividades que usem a leitura: jogos, receitas, mapas;

  • Faça da leitura um momento de prazer – pode até estourar pipoca

  • Leve-o para explorar as bibliotecas e livrarias próximas de sua casa;

  • Ensine-o a emprestar livros aos amigos e a pedir emprestado.


6. Estimule a escrita



  • Tenha sempre lápis e papel em casa;

  • Escreva bilhetinhos para seu filho. Assim, ele entenderá a utilidade da escrita;

  • Brinque de palavras-cruzadas, caça-palavras, forca, stop, etc.;

  • Compre um diário e estimule seu filho a escrever recordações;

  • Incentive-o a não mudar a grafia das palavras ao usar o computador;

  • Peça ajuda para escrever a lista de compras, anotações em álbuns de fotografias, etc.


7. Dê o exemplo


  • Seja coerente: suas atitudes refletem o que você pensa

  • Mostre que estudar é importante e ler, divertido. Estude e leia sempre;

  • Seja curioso: pergunte, questione, procure entender
Fonte: Guia da educação para família - Fundação Itaú Social

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Pedagogia Online

Três Princípios :

  • Deixe o aluno fazer (a maior parte do) trabalho;
  • A interatividade é o coração e a alma da aprendizagem eficaz;
  • Esforca-se para estar presente

domingo, 19 de dezembro de 2010

Diário de aula 7 - Educação Cristã - Mosteiros

Após drásticas modificações no cenário geográfico e político surgem os feudos, sendo totalmente apoiados pela Igreja. A Igreja sobrevive a desintegração do Império Romano. Verifica-se que vários aspectos do modelo romano continuaram a serem seguidos, tais como, a influência das letras, gramática, retórica, organização e logística militar, em grande parte devido ao processo de aglutinação dos povos bárbaros. O período de instabilidade provocado pela decadência e queda do império, bem como a formação dos diversos feudos gerou um processo de regressão cultural, pois a educação passa a ser secundário, privilégio apenas dos nobres.
Surgem os mosteiros que é a principal característica do período monástico onde se destacou a figura de São Bento, fundador da ordem dos Beneditinos e responsável por elaborar as regras monásticas.

No período escolástico, São Tomás de Aquino propõe a conciliação entre a fé e a razão.  Estes dois períodos foram muitos importantes para a consolidação das bases da educação cristã.
Analisando as características destes períodos compreendi que o cristianismo foi a base da educação da sociedade medieval.
Os monges que viviam nos mosteiros viviam em clausura, visando a liberação carnal e a elevação do espírito. Dentro dos mosteiros, as instituições sociais mais importantes, como a família, a sociedade industrial e o Estado,  eram negadas. Surgiu o trabalho artesão de cópia e conservação dos livros clássicos, o estudo da literatura. Foram os monges que iniciaram o ensino condensado do Trivium (Gramática, Dialética e Retórica), e do Quadrivium (Aritmética, Geometria, Música e Astronomia). 



São Tómas de Aquino foi influenciado pelo pensamento de Aristóteles e Platão, e também pelo pensamento agostiniano e pelas Escrituras Sagradas. Aquino objetivou criar uma razão para a fé, atribuindo uma função para a Teologia e outra para a Filosofia. Prega que não é possível conhecer a Deus sem passar pelo mundo prático, real, pois a prova da existência de Deus esta nas coisas do mundo e não no espírito.

Sheila Pfeiffer

Breve comentário sobre o pensamento de Santo Agostinho

Aurélio Agostinho, historicamente conhecido como Santo Agostinho, bispo de Hipona, viveu como cidadão comum, onde sucumbiu aos prazeres da carne, até a sua conversão em setembro do ano 386.  A partir desta data, após um período de retiro, vendeu os seus bens, distribuiu aos pobres e viveu para se dedicar aos  estudos das Sagradas Escrituras, a Teologia Revelada e à redação de suas obras. No ano de 391 foi ordenado Padre e no ano de 395 foi consagrado Bispo. Governou a Igreja de Hipona até a sua morte no ano de 430, durante o assalto da cidade pelos vândalos.
Santo Agostinho inspira-se na filosofia de Platão, no neoplatonismo. Todo seu interesse central esta circunscrito aos problemas de Deus e da Alma. Embora desvalorizado platonicamente o conhecimento sensível em relação ao conhecimento intelectual, Agostinho admite que os sentidos, como o intelecto, são fontes de conhecimento. E como para a visão sensível além do olho e da coisa é necessária a luz física, do mesmo modo, para o conhecimento intelectual seria necessária a luz espiritual. E esta vem de Deus, é a Verdade de Deus, o Verbo de Deus, para o qual são transferidas as idéias platônicas.



Agostinho viveu numa época de transição, de crise. Este período foi marcado pelas lutas, invasões e pela barbárie. Durante o período patrístico, o pensamento do bispo de Hipona foi uma resposta a necessidade de organização de uma nova sociedade. O Cristianismo, nessa nova sociedade, exerceu a função de aglutinação e de harmonização entre a razão e a fé. Ele foi o fundamento que, através de uma moral rigorosa, potencializou o controle racional das paixões num mundo em que reinava a barbárie.
As obras de Agostinho que apresentam interesse filosófico são, sobretudo, os diálogos filosóficos: Contra os acadêmicos, Da vida beata, Os solilóquios, Sobre a imortalidade da alma, Sobre a quantidade da alma, Sobre o mestre, Sobre a música . Interessam também à filosofia os escritos contra os maniqueus: Sobre os costumes, Do livre arbítrio, Sobre as duas almas, Da natureza do bem .
Dada, porém, a mentalidade agostiniana, em que a filosofia e a teologia andam juntas, compreende-se que interessam à filosofia também as obras teológicas e religiosas, especialmente: Da Verdadeira Religião, As Confissões, A Cidade de Deus, Da Trindade, Da Mentira.
Agostinho trata do problema da história na Cidade de Deus , e resolve-o ainda com os conceitos de criação, de pecado original e de Redenção. A Cidade de Deus representa, talvez, o maior monumento da antigüidade cristã e, certamente, a obra prima de Agostinho. Nesta obra é contida a metafísica original do cristianismo, que é uma visão orgânica e inteligível da história humana.
Referência:     O pensamento de Santo Agostinho – Paulo Edyr Camargo
                        Internet: http://www.mundodosfilosofos.com.br/

Penso, logo desisto!

Desistir. Este é o primeiro pensamento que veio a mente após conversar e verificar a atual situação dos professores (colegas de classe na faculdade) tanto quanto a valorização quanto a remuneração. Afinal, quais as vantagens de ser professor hoje em dia? E porque a docência não atrai?

Sabemos que o professor é figura essencial para a formação da sociedade, é um trabalho importante e de muita responsabilidade. Porém parece não ser essa a visão da nossa cultura social atualmente. A maioria dos alunos não quer seguir a carreira docente. De acordo com a pesquisa da Fundação Victor Civita (FVC) e da Fundação Carlos Chagas (FCC), apenas 2% dos estudantes do terceiro ano apontaram a Pedagogia ou algum tipo de Licenciatura como primeira opção de carreira. A mesma pesquisa tenta investigar as razões da carreira docente exercer tão baixa atratividade aos estudantes:
  • Baixa remuneração
  • Falta de identificação profissional ou pessoal
  • Desinteresse e desrespeito dos alunos
  • Desvalorização social da profissão
  • Más condições de trabalho
  • Outros fatores

Diante deste quadro e da realidade que pude apurar entre minhas colegas de classe, a profissão de professor é tida quase como um sacerdócio, sendo o primordial, amar o que faz. Porém discordo um pouco que este seja hoje em dia o principal fator que leva os estudantes a prestar vestibular para Pedagogia, por exemplo. Eu acredito que grande parte procura um vestibular, que de acordo com estatísticas recentes, é pouco concorrido, uma faculdade não muito difícil, onde não são exigidas questões técnicas complicadas. Ou até mesmo pensam na pedagogia como um início, uma ponte para galgar outras profissões, através de uma pós-graduação, como é o caso de gestão escolar, especialização na área de recursos humanos ou pedagogia empresarial, que aos olhos de alguns estudantes, é mais bem remunerado que a docência.

Outros fatores pesam na hora de decidir por atuar em sala de aula, a questão da violência, da necessidade constante de estudo e atualizações e da carga extra de trabalho, com atividades, como correção de exercícios, elaboração de planos de aula e provas, que extrapolam o horário letivo, também desanimam quem pensa em seguir carreira como professor.

“A triste realidade é que a docência se transformou em uma opção por descarte. Se um amigo ou filho nos diz ‘quero ser professor’, nós mesmos muitas vezes respondemos, com a mão no coração: ‘pense em outra coisa’”; disse Denise Vaillant, coordenadora do Programa de desenvolvimento do Profissional Docente da América Latina e Caribe (Preal).
Diante destes fatos, fica o meu questionamento: ainda vale a pena ser professor? O que te leva a continuar numa sala de aula? Quais as soluções para melhorar este quadro?

Agradeço a colaboração de vocês, e deixo meus comentários para o próximo post.

Sheila Pfeiffer

sábado, 18 de dezembro de 2010

Diário de aula 6 - Educação Cristã: a formação do homem medieval

Nesta aula estudamos como e por que ocorreu a formulação dos paradigmas da educação e da formação do homem medieval sob o jugo da Igreja Católica. Surpreendente saber que a atuação e as pregações de Jesus de Nazaré foram importantes e corresponderam a uma fase neste período da história.  Através dos dogmas do cristianismo foi possível construir uma nova base de conhecimento filosófico pautado em conceitos abstratos, na teologia, na fé.
Neste período houve um gradual desaparecimento do pensamento filosófico clássico e a formação da escola cristã.  Com a influência da cultura helênica, surgiu o nascimento da literatura, aos métodos de organização escolar.
Dentro deste contexto, e principalmente durante o período de transição entre duas formas de organização social, não poderia deixar de destacar a figura de Santo Agostinho. Apesar de já ter ouvido falar dele historicamente, foi enriquecedor entender o fundamental papel que ele teve durante este período. Surpreendeu-me saber que ele primeiramente era um cidadão comum, que viveu os “pecados da carne”, porém, se converteu e utilizou esta experiência para ensinar.
A contribuição dos pensamentos e obras dele foi primordial na época e continuam enriquecendo nosso saber.

O que é o feudalismo?

O feudalismo foi um modo de organização social e político baseado nas relações servo-contratuais (servis). Tem suas origens na decadência do Império Romano. Predominou na Europa Ocidental durante a Idade Média, a partir do sec.IX.

A sociedade feudal era estática, com pouca mobilidade social e hierarquizada. A economia era de subsistência, praticamente não existia circulação de capital. A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, viscondes) era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses. O clero (membros da Igreja Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade. Era isento de impostos e arrecadava o dízimo. A terceira camada da sociedade era formada pelos servos (camponeses) e pequenos artesãos.

Os servos deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como: corvéia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal), talha (metade da produção), banalidade (taxas pagas pela utilização do moinho e forno do senhor feudal). Prevaleciam as relações de vassalagem e suserania. Todos os poderes, jurídico, econômico e político concentravam-se nas mãos dos senhores feudais, donos de lotes de terras (feudos).

Destinada apenas aos filhos dos nobres, a educação era exercida pela Igreja, sendo para poucos. Marcada pela influência da Igreja, ensinava-se o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras. Grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros.

A partir do sec. XII ocorreram varias transformações na Europa que contribuíram para a crise e conseqüente queda do sistema feudal.