quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Pedagogia Online

Três Princípios :

  • Deixe o aluno fazer (a maior parte do) trabalho;
  • A interatividade é o coração e a alma da aprendizagem eficaz;
  • Esforca-se para estar presente

domingo, 19 de dezembro de 2010

Diário de aula 7 - Educação Cristã - Mosteiros

Após drásticas modificações no cenário geográfico e político surgem os feudos, sendo totalmente apoiados pela Igreja. A Igreja sobrevive a desintegração do Império Romano. Verifica-se que vários aspectos do modelo romano continuaram a serem seguidos, tais como, a influência das letras, gramática, retórica, organização e logística militar, em grande parte devido ao processo de aglutinação dos povos bárbaros. O período de instabilidade provocado pela decadência e queda do império, bem como a formação dos diversos feudos gerou um processo de regressão cultural, pois a educação passa a ser secundário, privilégio apenas dos nobres.
Surgem os mosteiros que é a principal característica do período monástico onde se destacou a figura de São Bento, fundador da ordem dos Beneditinos e responsável por elaborar as regras monásticas.

No período escolástico, São Tomás de Aquino propõe a conciliação entre a fé e a razão.  Estes dois períodos foram muitos importantes para a consolidação das bases da educação cristã.
Analisando as características destes períodos compreendi que o cristianismo foi a base da educação da sociedade medieval.
Os monges que viviam nos mosteiros viviam em clausura, visando a liberação carnal e a elevação do espírito. Dentro dos mosteiros, as instituições sociais mais importantes, como a família, a sociedade industrial e o Estado,  eram negadas. Surgiu o trabalho artesão de cópia e conservação dos livros clássicos, o estudo da literatura. Foram os monges que iniciaram o ensino condensado do Trivium (Gramática, Dialética e Retórica), e do Quadrivium (Aritmética, Geometria, Música e Astronomia). 



São Tómas de Aquino foi influenciado pelo pensamento de Aristóteles e Platão, e também pelo pensamento agostiniano e pelas Escrituras Sagradas. Aquino objetivou criar uma razão para a fé, atribuindo uma função para a Teologia e outra para a Filosofia. Prega que não é possível conhecer a Deus sem passar pelo mundo prático, real, pois a prova da existência de Deus esta nas coisas do mundo e não no espírito.

Sheila Pfeiffer

Breve comentário sobre o pensamento de Santo Agostinho

Aurélio Agostinho, historicamente conhecido como Santo Agostinho, bispo de Hipona, viveu como cidadão comum, onde sucumbiu aos prazeres da carne, até a sua conversão em setembro do ano 386.  A partir desta data, após um período de retiro, vendeu os seus bens, distribuiu aos pobres e viveu para se dedicar aos  estudos das Sagradas Escrituras, a Teologia Revelada e à redação de suas obras. No ano de 391 foi ordenado Padre e no ano de 395 foi consagrado Bispo. Governou a Igreja de Hipona até a sua morte no ano de 430, durante o assalto da cidade pelos vândalos.
Santo Agostinho inspira-se na filosofia de Platão, no neoplatonismo. Todo seu interesse central esta circunscrito aos problemas de Deus e da Alma. Embora desvalorizado platonicamente o conhecimento sensível em relação ao conhecimento intelectual, Agostinho admite que os sentidos, como o intelecto, são fontes de conhecimento. E como para a visão sensível além do olho e da coisa é necessária a luz física, do mesmo modo, para o conhecimento intelectual seria necessária a luz espiritual. E esta vem de Deus, é a Verdade de Deus, o Verbo de Deus, para o qual são transferidas as idéias platônicas.



Agostinho viveu numa época de transição, de crise. Este período foi marcado pelas lutas, invasões e pela barbárie. Durante o período patrístico, o pensamento do bispo de Hipona foi uma resposta a necessidade de organização de uma nova sociedade. O Cristianismo, nessa nova sociedade, exerceu a função de aglutinação e de harmonização entre a razão e a fé. Ele foi o fundamento que, através de uma moral rigorosa, potencializou o controle racional das paixões num mundo em que reinava a barbárie.
As obras de Agostinho que apresentam interesse filosófico são, sobretudo, os diálogos filosóficos: Contra os acadêmicos, Da vida beata, Os solilóquios, Sobre a imortalidade da alma, Sobre a quantidade da alma, Sobre o mestre, Sobre a música . Interessam também à filosofia os escritos contra os maniqueus: Sobre os costumes, Do livre arbítrio, Sobre as duas almas, Da natureza do bem .
Dada, porém, a mentalidade agostiniana, em que a filosofia e a teologia andam juntas, compreende-se que interessam à filosofia também as obras teológicas e religiosas, especialmente: Da Verdadeira Religião, As Confissões, A Cidade de Deus, Da Trindade, Da Mentira.
Agostinho trata do problema da história na Cidade de Deus , e resolve-o ainda com os conceitos de criação, de pecado original e de Redenção. A Cidade de Deus representa, talvez, o maior monumento da antigüidade cristã e, certamente, a obra prima de Agostinho. Nesta obra é contida a metafísica original do cristianismo, que é uma visão orgânica e inteligível da história humana.
Referência:     O pensamento de Santo Agostinho – Paulo Edyr Camargo
                        Internet: http://www.mundodosfilosofos.com.br/

Penso, logo desisto!

Desistir. Este é o primeiro pensamento que veio a mente após conversar e verificar a atual situação dos professores (colegas de classe na faculdade) tanto quanto a valorização quanto a remuneração. Afinal, quais as vantagens de ser professor hoje em dia? E porque a docência não atrai?

Sabemos que o professor é figura essencial para a formação da sociedade, é um trabalho importante e de muita responsabilidade. Porém parece não ser essa a visão da nossa cultura social atualmente. A maioria dos alunos não quer seguir a carreira docente. De acordo com a pesquisa da Fundação Victor Civita (FVC) e da Fundação Carlos Chagas (FCC), apenas 2% dos estudantes do terceiro ano apontaram a Pedagogia ou algum tipo de Licenciatura como primeira opção de carreira. A mesma pesquisa tenta investigar as razões da carreira docente exercer tão baixa atratividade aos estudantes:
  • Baixa remuneração
  • Falta de identificação profissional ou pessoal
  • Desinteresse e desrespeito dos alunos
  • Desvalorização social da profissão
  • Más condições de trabalho
  • Outros fatores

Diante deste quadro e da realidade que pude apurar entre minhas colegas de classe, a profissão de professor é tida quase como um sacerdócio, sendo o primordial, amar o que faz. Porém discordo um pouco que este seja hoje em dia o principal fator que leva os estudantes a prestar vestibular para Pedagogia, por exemplo. Eu acredito que grande parte procura um vestibular, que de acordo com estatísticas recentes, é pouco concorrido, uma faculdade não muito difícil, onde não são exigidas questões técnicas complicadas. Ou até mesmo pensam na pedagogia como um início, uma ponte para galgar outras profissões, através de uma pós-graduação, como é o caso de gestão escolar, especialização na área de recursos humanos ou pedagogia empresarial, que aos olhos de alguns estudantes, é mais bem remunerado que a docência.

Outros fatores pesam na hora de decidir por atuar em sala de aula, a questão da violência, da necessidade constante de estudo e atualizações e da carga extra de trabalho, com atividades, como correção de exercícios, elaboração de planos de aula e provas, que extrapolam o horário letivo, também desanimam quem pensa em seguir carreira como professor.

“A triste realidade é que a docência se transformou em uma opção por descarte. Se um amigo ou filho nos diz ‘quero ser professor’, nós mesmos muitas vezes respondemos, com a mão no coração: ‘pense em outra coisa’”; disse Denise Vaillant, coordenadora do Programa de desenvolvimento do Profissional Docente da América Latina e Caribe (Preal).
Diante destes fatos, fica o meu questionamento: ainda vale a pena ser professor? O que te leva a continuar numa sala de aula? Quais as soluções para melhorar este quadro?

Agradeço a colaboração de vocês, e deixo meus comentários para o próximo post.

Sheila Pfeiffer

sábado, 18 de dezembro de 2010

Diário de aula 6 - Educação Cristã: a formação do homem medieval

Nesta aula estudamos como e por que ocorreu a formulação dos paradigmas da educação e da formação do homem medieval sob o jugo da Igreja Católica. Surpreendente saber que a atuação e as pregações de Jesus de Nazaré foram importantes e corresponderam a uma fase neste período da história.  Através dos dogmas do cristianismo foi possível construir uma nova base de conhecimento filosófico pautado em conceitos abstratos, na teologia, na fé.
Neste período houve um gradual desaparecimento do pensamento filosófico clássico e a formação da escola cristã.  Com a influência da cultura helênica, surgiu o nascimento da literatura, aos métodos de organização escolar.
Dentro deste contexto, e principalmente durante o período de transição entre duas formas de organização social, não poderia deixar de destacar a figura de Santo Agostinho. Apesar de já ter ouvido falar dele historicamente, foi enriquecedor entender o fundamental papel que ele teve durante este período. Surpreendeu-me saber que ele primeiramente era um cidadão comum, que viveu os “pecados da carne”, porém, se converteu e utilizou esta experiência para ensinar.
A contribuição dos pensamentos e obras dele foi primordial na época e continuam enriquecendo nosso saber.

O que é o feudalismo?

O feudalismo foi um modo de organização social e político baseado nas relações servo-contratuais (servis). Tem suas origens na decadência do Império Romano. Predominou na Europa Ocidental durante a Idade Média, a partir do sec.IX.

A sociedade feudal era estática, com pouca mobilidade social e hierarquizada. A economia era de subsistência, praticamente não existia circulação de capital. A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, viscondes) era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses. O clero (membros da Igreja Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade. Era isento de impostos e arrecadava o dízimo. A terceira camada da sociedade era formada pelos servos (camponeses) e pequenos artesãos.

Os servos deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como: corvéia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal), talha (metade da produção), banalidade (taxas pagas pela utilização do moinho e forno do senhor feudal). Prevaleciam as relações de vassalagem e suserania. Todos os poderes, jurídico, econômico e político concentravam-se nas mãos dos senhores feudais, donos de lotes de terras (feudos).

Destinada apenas aos filhos dos nobres, a educação era exercida pela Igreja, sendo para poucos. Marcada pela influência da Igreja, ensinava-se o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras. Grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros.

A partir do sec. XII ocorreram varias transformações na Europa que contribuíram para a crise e conseqüente queda do sistema feudal.

Como estudar para uma prova





Mude de Ambiente

Associamos o conteúdo com o ambiente de estudo. Pense: é mais fácil se lembrar do que você come em restaurantes diferentes do que no mesmo refeitório. Forçar associações (1ª Guerra – sala / 2ª Guerra – cozinha) torna a informação mais encontrável quando você precisar dela.




Misture  assuntos

Uma sequência de gramática, matemática e história exige mais do cérebro do que se concentrar em um assunto por vez. Esse esforço é bom: em vez de engatar no piloto automático e não muito concentrado, trocar de assunto faz que ele retome a atenção a cada assunto novo.






Dê uns t e m p o s

Uma sessão na sexta, outra no fim de semana e outra na segunda são melhores do que um domingo inteiro de dedicação. Quando você retomar o mesmo assunto depois de um tempo, seu cérebro vai fazer uma revisão automática para então aprender coisas novas.

Force a Memória

Tente se lembrar do conteúdo sem consulta. Recuperar uma idéia é diferente de tirar um livro da estante: lembrar altera a forma como a informação será arquivada, tornando-a mais acessível e relevante quando precisar dela novamente.




De Mal a Melhor

A ordem das matérias deve ser da mais difícil para a mais fácil, ou da menos familiar para a mais conhecida. O resultado é que a sessão de estudo vai se tornando menos chata conforme progride, prevenindo desistências.


Lazer incluído

Estudar pensando em diversão é tão ruim quanto não estudar. Inclua no seu planejamento prêmios por dever cumprido. Se você seguir sua programação, pode se dar ao luxo de uma sessão de cinema ou um barzinho.

Bons estudos !!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Alegoria da Caverna

Alegoria da Caverna

Retrata um diálogo que se dá entre Platão e Glauco, seu convidado.

Eles discutem sobre o seguinte quadro: imaginam o interior de uma caverna onde se encontram alguns prisioneiros amarrados e de costas para a abertura da caverna. Estando com o corpo totalmente imobilizado, a única coisa que podem ver são as sombras projetadas na parede interna da caverna. É como se algumas pessoas manipulassem marionetes atrás dos prisioneiros, porém em frente a uma luz e  possibilitassem aos prisioneiros perceberem apenas as imagens que desfilavam na parede. O que possibilita a projeção destas figuras é a chama de um fogo que se encontra também no interior da caverna, em direção  à sua abertura. Esses prisioneiros sempre estiveram na caverna, ou seja, a visão de mundo que eles têm, é o interior da caverna.
Porém um dia, um prisioneiro consegue se libertar e imediatamente olha para trás, mas o contato com a claridade do fogo ofusca sua visão. Ainda assim ele consegue ver os objetos, as marionetes que antes via apenas através das projeções, ou sombras. Ele se aproxima mais do fogo e mais sua visão é ofuscada. Ao olhar novamente para o interior da caverna, vê com mais nitidez as sombras. Ele se dirige para a entrada da caverna, onde a luz do sol brilha. Incapaz de suportar a visão do dia concentra seu olhar nas sombras das plantas e animais que o rodeiam. Aos poucos, vai se adaptando à luz e consegue olhar para as coisas, conviver com a claridade e fixar seu olhar no próprio sol. Após contemplar tal maravilha, não aceita voltar para o interior da caverna. Entretanto se sente na obrigação de anunciar aos seus companheiros a descoberta de um novo mundo. Estando seu olhar inundado de luz, não consegue mais discernir as sombras e torna-se objeto de escárnio dos companheiros aprisionados.

Através do Mito da Caverna, Platão quer nos mostrar a existência de dois mundos: o interior da caverna representa o mundo dos sentidos, ou o mundo sensível, ao passo que o mundo diurno, ou seja, o exterior da caverna representa o mundo inteligível. O fogo representa o sol visível que ilumina nosso mundo sensível, enquanto o sol, o Bem, ilumina o mundo inteligível.



Segundo Platão, a realidade é apresentada por dois níveis: um inferior, de sombras e reflexos e o nível superior, de realidades verdadeiras.


A Alegoria da Caverna é uma analogia que Platão faz em sua obra A República, para descrever o projeto de governo de uma cidade, que julga ideal.  Para ele os filósofos são as pessoas mais aptas para governar as cidades. Eles passam por diversas etapas no processo de formação educacional e sua progressão em direção ao Bem, após alcançá-lo, possibilita-os a orientar com sabedoria a conduta dos homens. Sendo eles conhecedores do Bem, estarão sempre aptos a voltar à caverna – nível dos homens comuns – e falar das maravilhas do mundo inteligível, instaurando aí o modelo de cidade perfeita.

Sheila Pfeiffer



terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Paidéia Clássica - Contribuições de Aristóteles


Quais são as contribuições de Aristóteles acerca da produção do conhecimento e da formação do homem grego?

Resposta:  Aristóteles foi o grande sistematizados da filosofia clássica. Seu pensamento era voltado para a prática humana no interior da polis. Sua preocupação era com o homem como sujeito social, político Demarcou o campo da ação humana e distinguiu pelo  método e pelo conteúdo, o saber prático: a ciência da práxis humana.
Aristóteles constrói um sistema inteiramente original. Os caracteres desta grande síntese são:
1. Observação fiel da natureza -, toma sempre o fato como ponto de partida de suas teorias, buscando na realidade um apoio sólido às suas mais elevadas especulações metafísicas.
2. Rigor no método - Depois de estudas as leis do pensamento, o processo dedutivo e indutivo aplica-os, com rara habilidade, em todas as suas obras, substituindo à linguagem imaginosa e figurada de Platão, em estilo lapidar e conciso e criando uma terminologia filosófica de precisão admirável. Pode considerar-se como o autor da metodologia e tecnologia científicas. Geralmente, no estudo de uma questão, Aristóteles procede por partes: a) começa a definir-lhe o objeto; b) passa a enumerar-lhes as soluções históricas; c) propõe depois as dúvidas; d) indica, em seguida, a própria solução; e) refuta, por último, as sentenças contrárias.
3. Unidade do conjunto - Sua vasta obra filosófica constitui um verdadeiro sistema, uma verdadeira síntese. Todas as partes se compõem, se correspondem, se confirmam.

A Educação no Período Helenístico

+ Helenismo – fusão da cultura helênica às civilizações que a dominam.
+ A antiga Paidéia torna-se enciclopédia (educação geral) = ampla gama de conhecimentos exigidos para a formação do homem culto.
+ Cada vez mais aumentavam os estudos teóricos, restringindo-se o tempo dedicado aos exercícios físicos.
+ Nos grupos superiores predominava o saber erudito e distanciado do cotidiano. As questões metafísicas e políticas forma substituídas pelos temas éticos.
+ Ao lado do ensino elementar, orientado pelo gramático, desenvolveu-se o nível secundário, sendo ampliada a função de retor (mestre de retórica).
+ O conteúdo abrangente do programa foi cada vez mais caracterizado pelas sete artes liberais: disciplinas humanísticas (gramática, retórica e dialética) e científicas (aritmética, música, geometria e astronomia).
+ Inúmeras escolas filosóficas se espalharam, e da junção de algumas foi constituída a Universidade de Atenas, centro de fermentação intelectual que perdurou até o período da dominação romana.
+ 331 a.C. Alexandre Magno faz de Alexandria, outro local importante de estudos superiores.

Conclusões
+ O ideal grego de educação sofreu significativas alterações.
+ Por pertencer a uma sociedade escravista, os gregos desvalorizavam a formação profissional e o trabalho manual. Enquanto a técnica se achava associada à prática dos escravos, o cultivo desinteressado da forma física e a atividade intelectual permaneciam privilégios das classes ociosas.
+ A Grécia é o berço das primeiras teorias educacionais, fecundadas pelo embate de tendências pluralistas.

BIBLIOGRAFIA
ARANHA, Maria Lúcia. História da Educação. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Moderna, 1996.
Fonte:  http://historiaeducar.blogspot.com/2007/09/antiguidade-grega-paidia.html

Período Helenístico-características

Quais as principais características do período helenístico?

Resposta:   Foi um período de uma filosofia grego-romana e de doutrinas cristãs. Ocorre a decadência do período clássico da filosofia grega, através da junção entre as culturas ocidental com a Oriental. Referente a produção cultural o helenismo se compões da seguintes fases:
Primeira:  Educação romana primitiva,
Segunda: Introdução das escolas gregas em Roma;
Terceira: Educação imperial helenizada (esta foi a fase mais desenvolvida no que diz respeito a educação pública);
Quarta: Declínio da educação romana

Paideia Clássica-Contribuições de Platão

Quais as contribuições de Platão acerca da produção do conhecimento e da formação do homem grego?

Diário de Aula - Aula 4 - O Ideal Político da Paidéia Clássica


Esta aula teve como foco principal as contribuições de Platão e de Aristóteles para a formação homem grego, principalmente como cidadão, ser social integrado na comunidade – polis.

Foi muito interessante descobrir que as indagações de Platão continuam sendo atuais e motivo de reflexão, que o método e o sistema desenvolvido por Aristóteles é de grande valor até hoje. Estes dois pilares da filosofia clássica nos deixaram contribuições, reflexões e revelações que alavancaram o desenvolvimento do pensamento e do método filosófico-científico.

Na linguagem metafórica do Mito da Caverna, Platão tem a coragem de admitir que todos somos ignorantes perante o verdadeiro saber, que precisamos nos aventurar, usar a razão e abandonar pré-conceitos, para desfrutar do conhecimento verdadeiro.

Um dos pontos que mais me chamou a atenção foi o trecho “A educação deve visar os melhores bens e objetivos para os governantes e para os homens livres.”

Esta aula foi muito importante para mim, pois foi apresentada também uma revisão dos principais conteúdos de aulas anteriores, o que me ajudou muito na melhor compreensão da matéria.
Sheila Pfeiffer

Paidéia Clássica

As explicações predominantemente religiosas são substituídas pelo uso da razão autônoma, da inteligência crítica e pela atuação da personalidade livre, capaz de estabelecer  Surge a necessidade de elaborar teoricamenteàuma lei humana e não mais divina.  o ideal da formação, não do herói, submetido ao destino, mas do cidadão.


(...)O cidadão = não será mais o depositário do saber da comunidade, mas aquele que elabora a cultura da cidade. Não está preso ao passado, mas é capaz de projetar o futuro.

Paiagogos A Grécia clássica pode ser considerada o berço da pedagogia. Significa literalmente aquele que conduz a criança (agogôs, “que conduz”): o escravo que conduz a criança à escola.
O termo pedagogia se amplia, adquirindo o sentido de teoria sobre a educação.
Os gregos, ao discutir os fins da Paidéia, esboçam as primeiras linhas conscientes da ação pedagógica.
Fonte:  http://historiaeducar.blogspot.com/2007/09/antiguidade-grega-paidia.html

a Paidéia Clássica - Perguntas

1: Qual é o ideal da educação grega clássica?

Resposta:  A educação grega se preocupa com a formação do homem para a comunidade, na observância das leis, das virtudes e da ética moral, visando primeiro o desenvolvimento da polis.   

2:  Qual o conceito de Paidéia Clássica?

Resposta:  O termo Paidéia significa a própria cultura a partir da educação. Era o ideal que os gregos cultivavam do mundo para si, e para sua juventude, combinava Ethos (hábito) que o fizessem digno e bom tanto como governante como governado.              
3:  Quais as características da Paidéia Clássica?

Resposta:  Não tinha como objetivo ensinar ofícios, mas sim treinar a liberdade e a nobreza; tinha como ponto principal a trindade: o poeta, o homem do estado e o sábio; tinha como finalidade a formação do cidadão grego na sua totalidade, conforme os princípios de seu tempo.

4: Discorra sobre a filosofia e a Paidéia sofística, destacando, inclusive, a contribuição dos sofistas para a formação do homem político.

Resposta:  A preocupação dos filósofos clássicos, como os sofistas era discutir a questão ético-política, com o conhecimento científico-filosófico voltado para a resolução da problemática das relações humanas no interior da polis, a consolidação da democracia. Os sofistas ensinavam técnicas que auxiliavam as pessoas a defenderem o seu pensamento particular e suas próprias opiniões contraditórias, de forma a conseguir seu espaço. Outra contribuição foi a abertura da filosofia para todas as pessoas da polis, e a filosofia deixou de ser uma ciência eletizada.

5: Discorra sobre a filosofia Socrática.

Resposta:  Sócrates se opunha ao relativismo dos sofistas. O objeto de pesquisa de Sócrates era o homem em sua virtude, suas leis, sua ética e a vivência desses princípios, através de um diálogo questionador, analítico e irônico.. .Num contexto onde para a educação predominava a formação social, Sócrates, tal como os Sofistas acreditava que era preciso renovar o conteúdo e os métodos da educação, porém ele negava a verdade relativa e buscava a verdade universal. Para ele a ignorância era o ponto de partida na busca do saber (“Só sei que nada sei...”).   



6: Cite as principais contribuições de Sócrates para a política democrática e a educação do homem grego.

Resposta:    Sócrates utilizava como método um diálogo questionador, analítico e irônico. Seu objetivo de pesquisa era o homem em sua virtude, suas Leis, sua ética e a vivência comum destes princípios. Acreditava que era necessário renovar o conteúdo e os métodos da educação, mas se opunha ao relativismo dos sofistas, imprimindo uma nova forma de argumentação. Predominava a formação social, do homem político.    

Diário de aula- Aula 3 - A Paidéia Clássica

Paidéia. A princípio tive dificuldade para entender o significado e o conceito. Durante a aula, e também através de pesquisas na internet fui me familiarizando com o conceito e sua importância na época.
Inicialmente a palavra Paidéia significava simplesmente “criação de meninos” (de Paidos = criança). Mas, este significado inicial está muito longe do sentido que adquiriu com o decorrer do tempo. A Paidéia significa a própria cultura grega, era o ideal que os gregos cultivavam do mundo.
Desde o início, a educação do homem grego priorizava o desenvolvimento do homem como ser social, cidadão, e sua  principal luta era em  função da vida comunitária e a luta pelo espaço histórico. Daí a Paidéia ter como ponto estrutural  as figuras do Poeta, do homem do Estado e do Sábio.
Também nesta aula pude conhecer as contribuições dos sofistas e de Sócrates para a produção do pensamento filosófico-científico e para a educação. Os sofistas foram os primeiros filósofos do período socrático. Opunham-se à filosofia pré-socrática, substituindo o estudo da natureza, que antes era o principal objeto de reflexão, pela importância da arte da reflexão. Os sofistas ensinavam técnicas que ajudavam as pessoas a defenderem seus pensamentos, a debater opiniões contraditórias. Dentre os filósofos sofistas podemos destacar: Protágoras, Górgias, Hípios, Isócrates, Pródico, Crítias, Antifonte e Trasímaco.
Já para Sócrates, o conhecimento jamais poderia ser transmitido através de um conjunto de palavras simplesmente. Era necessário argumentar, questionar, pôr a prova da razão os conceitos. Ele poderia instigar o aluno a pensar, mas não ensiná-lo. O verdadeiro conhecimento vem de dentro, e não de fora.
Estes conceitos abriram minha visão e me fez analisar como foi construído o formato da educação em nossa época, e também a base para as diferentes metodologias aplicadas nas escolas.
Sheila Pfeiffer

A educação do guerreiro e do homem político-Perguntas

1: O que é o pensamento MÍTICO e o que ele significou para as primeiras civilizações?

Resposta:  O pensamento mítico consiste em uma forma pela qual um povo explica aspectos essenciais da realidade em que vive (a origem do mundo, o funcionamento da natureza, os processos naturais, e as origens do povo), com um discurso fictício ou imaginário, parte da sua tradição cultural.  Para as primeiras civilizações esta crença significou a resposta para questões essenciais, as quais eles não tinham meios de responder através de outras formas, pois ainda não existia o embasamento científico, não existiam condições para desvendar ainda os mistérios da vida.  Através destas crenças baseadas no sobrenatural, no mistério, na magia e no sagrado, foi construída toda uma base de comportamento e atitudes que passaram a moldar a sociedade.

2: Descreva as características do período mítico e o que ele significou na vida do homem grego.

Resposta: Características: - Explicação através da crença no sobrenatural, no mistério, no sagrado e na magia para a realidade do ser humano e para os fenômenos naturais;
- nada é natural, tudo é sagrado e independe da vontade do ser;
- os fenômenos só podem ser interpretados pelos sacerdotes, magos e iniciados, ainda que parcialmente;
- a ética, a justiça e a moral eram ditadas pelos Deuses a fim de regular a vida dos mortais.
Foi através da crença nos Mitos, que surgiu o primeiro modelo de construção da realidade. Na falta de ciência e tecnologia foi através da tradição cultural e do folclore que os ensinamentos foram transmitidos.

3: Descreva as características do período cosmológico e o que ele significou na vida do homem grego.

Resposta:  Características: - Oposição ao pensamento mítico; - surgimento do pensamento científico-filosófico como forma de investigação da natureza;  - Negação a criação através do nada, crença de que tudo no mundo e na natureza se transforma; - Surgimento do caráter crítico, através do exercício da dúvida, que permite ao homem construir um novo conhecimento, deixando de lado, os dogmas, e os mitos.


4: Descreva as características do período antropológico e o que ele significou na vida do homem grego.
Resposta: Características: - Ênfase no indivíduo humano, nos comportamentos, idéias, crenças e valores, principalmente preocupação com valores morais;
- Reconhecimento do homem como ser racional, capaz de conhecer a si mesmo, e de refletir
Devido a expansão da polis, a vida social se desenvolveu, e foi muito importante pois dentro do cenário da época esta nova visão, proporcionou aos homens condições de discutir, persuadir, debater, expor e argumentar suas idéias. Surgiu o ideal de cidadão.


5:  Qual é a característica principal e/ou universal da educação grega?

Resposta:  O fundamento da educação grega era a Arete, através da observância das leis, das virtudes, da ética e da moral.  Eram formados para se tornarem cidadões na sua totalidade, conforme os princípios do seu tempo.


6: Qual é o conceito e as características da Paidéia nas suas diferentes fases?

Resposta:  A Paidéia significa a própria cultura a partir da educação. Era o ideal que os gregos cultivavam do mundo para si, e para a sua juventude. Uma vez que o governo era muito valorizado pelos gregos, a Paidéia combinava Ethos (hábitos) que o fizessem ser digno e bom tanto como governado como governante. Poder ser vista como um legado transmitido de uma geração a outra da sociedade.
Primeiramente a educação era individual centrada na formação do nobre guerreiro, porém com o desenvolvimento da polis, das novas necessidades sociais, postas pela democracia, e o surgimento do pensamento filosófico-científico a educação se voltou a formação de um homem político, mais articulado.

7:  Qual é o ideal da educação grega no período cosmológico e no período antropológico clássico?

Resposta:  No período cosmológico a ênfase era na formação partir dos poemas de Homero e Hesíodo que criaram um padrão de educação onde o homem idéia seria o bom (seu espírito era formado aprendendo as virtudes, a coragem, a arte da guerra), e belo (corpo formado com ginástica, danças e jogos de guerra). No período cosmológico, quando a democracia se instala, a nova educação estabelece como padrão ideal a formação do bom orador, capaz de persuadir, de falar em público, de participar da vida social e política.

Sheila Pfeiffer

Diário de aula-Aula 2 - A educação do guerreiro e do homem político

Neste capítulo pude aprender mais profundamente que o ideal educativo da formação do homem grego se adaptou as suas necessidades de acordo com cada período, se adequando as necessidades de produção e aos problemas nos períodos mítico, cosmológico e antropológico.

No período mítico por não haver ainda bases científicas ou filosóficas para a explicação dos fenômenos naturais e mesmo da própria natureza humana, acreditava-se em algo sobrenatural, no poder dos Deuses, os quais ninguém podia contrariar. O homem era educado para ser um guerreiro, tendo como exemplo os personagens dos poemas de Homero.
No período cosmológico surge uma oposição ao pensamento mítico. Conceitos ou categorias dão corpo ao método científico-filosófico de investigação da natureza: a Physis, a casualidade, a arque, o cosmo, o logos, o caráter crítico. Neste período a educação do homem é vista como uma formação global, incluindo não somente a pratica para a guerra, mas também os valores morais, as virtudes e em algumas escolas já surgem uma legislação, com horários determinados, número de alunos por classes as características dos magistrados. Continua-se a usar os poemas de Homero e Hesíodo, mas estes textos irão ser confrontados com os fundamentos dos pré-socráticos, com base na estrutura do pensamento racional e lógico.

No período antropológico, o foco se volta para o homem. Com o crescimento da polis e a expansão da democracia, surge a necessidade de uma formação para o homem político, dando-lhe condições de persuadir, confrontar, debater e expor seus pensamentos.

No decorrer deste estudo, pude verificar que na educação grega há uma visão orgânica, todas as partes fazendo parte de um todo. Neste sentido, o homem deve receber formação em vários aspectos, do conhecimento das ciências, do saber, das virtudes, do comportamento.

Estes conhecimentos abrem a minha visão e condições de análise para situações na educação atual, como o papel do Estado na educação, o papel dos pais, a formação do educador, conteúdos devidos de acordo com cada nível, a organização da escola.

Espero nos próximos estudos, adquirir mais conhecimento para formar uma opinião sobre estes fatores.
Sheila Pfeiffer

Uma perspectiva histórica da formação humana-Algumas perguntas

1. Qual é o conceito de filosofia, quais são os seus principais elementos e suas indagações?
Resposta:  Filosofia é uma ciência do saber que visa conhecer, analisar, julgar, compreender e desvelar as práticas humanas. Modernamente é a disciplina, ou a área de estudos, que envolve a investigação, a argumentação, a análise, discussão, formação e reflexão das ideias sobre o mundo, o Homem e o ser.


2:  Quais são os elementos – primordiais - constitutivos da estrutura investigativa da filosofia? (principais elementos e indagações?

Resposta:  O primeiro problema posto racionalmente, pelos pensadores gregos era procurar meios para explicar os aspectos essenciais da realidade em que viviam, tais como: a origem do mundo (o que é o mundo? De onde e como surgiu o mundo?); como explicar o processo de funcionamento da natureza – que parecem naturais, (porque chove ou faz sol?) e a própria origem humana (de onde venho? Quem sou eu? Para onde vou?), bem como os seus valores básicos (a ética e a moral).


3: Com base em quais fundamentos podemos afirmar que a filosofia é um tipo de conhecimento que se produz no âmbito da atividade humana?

Resposta:  A Filosofia procura investigar e entender o papel do ser humano no mundo. Nesse sentido, a filosofia é compreendida como uma ciência da prática humana, nas suas diferentes fases históricas; por isso que a filosofia está sempre a serviço das necessidades humanas.


4: Qual é o campo investigativo da Filosofia?

Resposta: O homem, inserido no seu mundo, tanto interior, como exterior.  A Filosofia procura, através de uma forma metodológica, conhecer, julgar, compreender e desvendar o modo de viver do homem, como este produz a vida e quais as maneiras para um melhoramento desta vida.



5:  Qual é o conceito de filosofia da educação e quais são as suas principais características e indagações?

Resposta: A Filosofia da Educação é uma ciência que contribui para que os educadores adotem uma atividade reflexiva frente à problemática acerca da educação, produzidas em âmbito social, político e econômico.
Principais características:  Análise e elucidação do conceito de educação
Análise das relações entre o processo educacional e outros processos sociais. Indagações: Qual a ideologia subjacente as políticas públicas de educação? Por que ocorre o fracasso escolar e como soluciona-lo?
Como produzir uma educação cidadã?


6: O que é natureza humana para Marx?

Resposta:  Para Marx a natureza humana se diferencia pela capacidade de trabalho. É através das relações de trabalho que o homem entra em contato com a natureza transformando-a e transformando a sim mesmo.

Sheila Pfeiffer